O que nós pensamos nós tornamos


Após assistir o filme a “Dama de Ferro” sobre a trajetória da vida de Margareth Thatcher, me veio à cabeça que o momento político e econômico de hoje e tão atual quanto o da época em que ela governou o Reino Unido.

Num trecho do filme ela faz o seguinte comentário: as pessoas de hoje em dia se preocupam mais com os sentimentos do que com os pensamentos e ideias.

_ Cuidado com seus pensamentos, pois eles se tornam palavras.

_ Cuidado com as palavras, pois elas se tornam ações.

_ Cuidado com suas ações, pois elas se tornam hábitos.

_ Cuidado com seus hábitos, pois eles se tornam o seu caráter.

_ Cuidado com seu caráter, pois eles se tornam o seu destino.

_ O que nós pensamos nós tornamos.

Em entrevista concedida a Revista Época em março de 1994, ela disse:

Os objetivos principais da sociedade na qual acredito são a liberdade, a justiça e a livre iniciativa. Nada disso pode ser obtido fora do império da lei e sem um Judiciário independente. A prosperidade de uma nação provém da livre iniciativa de cada um e de uma situação em que a lei é igual para todos. Governos não criam riqueza; quem faz isso são as indústrias e os serviços. É o povo com a sua própria bagagem e sua própria capacidade de iniciativa que cria empresas.

É tão real que percebi que estamos vivendo uma crise que se perdura por, mas de 20 anos.

Uma das lições que ela deixou no seu governo foi: "É dever da direção de uma empresa mantê-la saudável, da mesma forma que é obrigação do governo manter as finanças públicas em ordem.”.

O governo pode, através de uma política fiscal sensata, procurar os meios para administrar a parte que lhe compete. É dever das autoridades manter a saúde das finanças públicas. Se há inflação, é culpa do governo, que não controlou direito a emissão de moeda. Se há déficit nas contas públicas, é culpa do governo, que não soube equilibrar sua receita fiscal e seus gastos. É sempre possível dizer: ok, podemos gastar à vontade e depois alguém vai financiar o buraco. Mas o que acontece é que mais gastos do governo significam sempre mais impostos para cobri-los. E quando a carga fiscal é excessiva, ninguém tem mais incentivo para criar empregos e riquezas.

Em março de 1994, em entrevista que concedeu à revista Veja, a Dama de Ferro afirmou sobre o Brasil o seguinte:

 “Parece-me bem claro que o Brasil não teve ainda um bom governo, capaz de atuar com base em princípios, na defesa da liberdade, sob o império da lei e com uma administração profissional. Bastaria um período assim, acompanhado da verdadeira liberdade empresarial, para que o país se tornasse realmente próspero”.

A experiência dessa estadista inglesa é enriquecedora para quem faz política e busca padrões de austeridade, eficiência e renovação. Pode parecer ilusório para os dias de hoje em afirma que Margareth Thatcher possa ser um modelo de governo e liderança. Mas, que desde sua infância ela sabia onde queria chegar, não tergiversava, e exercia o poder com firmeza, responsabilidade e sem ceder a acordos que pudessem comprometer o rumo do seu Governo. É um legado que pode ser seguido pelos nossos governantes, homens e mulheres.

E nada melhor do que homenagear as bravas mulheres, neste mês de março, que com suas determinações vêm ganhando espaço no mundo se já na vida, nós negócios, na política e na economia.



Carlos Aquino
Contador
Aquino.contador@gmail.com
www.aquinocontador.com.br

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