A composição de preço de venda


A composição de um preço de venda para o cliente e para sua empresa, seja ao mesmo tempo competitivo, para o mercado depende de alguns fatores, como: custos fixos e variáveis, volume da compra, concorrência, etc.
Além disso, vale lembrar o lucro que você pretende ter com o preço praticado, a fim de garantir a lucratividade do seu negócio e não enfrentar dificuldade desagradáveis na hora de fechar o caixa.
Antes de precificar o produto devemos analisar?
A definição do preço de um produto depende basicamente do equilíbrio entre o preço de mercado e o valor referente aos gastos fixos e variáveis da sua empresa.
O que são Custo e Despesas?
Custos: De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer outra forma.” São todos gastos referente à fabricação de um produto - matéria-prima, mão de obra, pagamento dos fornecedores, amortização e outros gastos necessários para a produção.
Despesas: Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração. São gastos relacionado à estrutura administrativa e comercial de uma empresa e também aos investimentos - aluguel, energia elétrica, limpeza, segurança, água, entre outros.
Além disso, outro aspecto para se levar em consideração na hora de calcular o preço de venda é a carga tributária. Ou seja, o sistema tributário em que a empresa está enquadrada e os tributos incidentes sobre o preço de venda bruto do produto, como o ICMS e IPI, assim como os impostos que incidem sobre a compra dos seus produtos, como a substituição tributária ou o diferencial de alíquotas.
Como definir a margem de lucro
Após calcular todos os gastos é possível incluir a margem de lucro que você pretende obter. Ela deve ser calculada com base no valor que o mercado utiliza e em quanto é necessário para obter a taxa de crescimento esperada. É bom lembrar que a lucratividade precisa ser justa, para que seu produto tenha competitividade no mercado.
Índice de comercialização: o que é e como calcular?
O índice de comercialização é uma fórmula matemática que considera algumas variáveis para gerar um fator de multiplicação. Esse fator é utilizado para encontrar o preço de venda dos produtos e deve ser analisado periodicamente para estar sempre adequado ao mercado. A fórmula é:
Para transformar o número em um índice, é necessário dividir o número 1 pelo resultado obtido. Encontrado o índice, multiplica-se o mesmo pelo custo do produto, encontrando assim o preço de venda.
Um exemplo prático disso pode ser um comércio de roupas optante pelo Simples Nacional, que paga 4% de imposto sobre o faturamento. Sobre o custo fixo, encontra-se o aluguel da loja, o salário do gerente (não comissionado) e o sistema de emissão de notas. Somados, os custos fixos atingem 10% do valor de faturamento ao mês.
O percentual de comissão sobre vendas é de 2%. O frete corresponde a 3% dos valores das notas. A empresa deseja uma margem de lucro de 20% sobre os produtos. Ou seja:

Logo, se o valor pago por uma mercadoria foi R$ 100, basta multiplicar esse número por 1,64 e terá o valor de venda: R$ 100 * 1,64 = R$ 164
Mark-up: o que é e como calcular?
O mark-up também é um índice bastante utilizado, o qual considera algumas variáveis para ajudar a precificar produtos e serviços. Sua fórmula é bem parecida com a do índice de comercialização:
Um bom exemplo prático para a utilização dessa fórmula pode ser uma empresa de calçados que também é optante pelo Simples Nacional, com alíquota de 4% sobre o faturamento.
Ela possui como custos fixos: o aluguel da loja, o aluguel de móveis, o salário dos funcionários que não são comissionados, entre outros valores. O total representa 15% do produto.
Sobre os custos variáveis, a empresa apresenta os fretes, as contas de energia e água, as embalagens e os imposto, que somados representam 20% do custo do produto. A margem de lucro pretendida é de 25%. Então, a conta fica:

Dessa forma, para atingir o resultado esperado, um produto comprado por R$ 100 deve ser vendido por R$ 250.
Diferença entre preço e valor
Apesar de serem muito usadas com o mesmo significado, essas duas palavras têm sentidos bem diferentes no mundo das negociações. O preço é o valor monetário definido para determinado produto. O valor, por sua vez, só vai existir quando o produto oferecer algum benefício para o cliente.
Isso significa que o valor não é algo próprio do produto, e sim, um atributo concedido a ele pelo comprador. É por esse motivo que as pessoas pagam valores diferenciados para produtos substancialmente semelhantes.
Quando esse valor é percebido, é muito mais fácil convencer o cliente que a aquisição foi uma boa decisão, independentemente do preço - que acaba ficando em segundo plano.
Por fim, conte com um serviço de contabilidade da Aquino Contábil para te ajudar a precificar seus produtos e tenha mais segurança quanto a lucratividade do seu negócio:
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